segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tática de rotina

Incrível perceber como as pessoas precisam se dizer felizes, interessadas, outrora preocupada com o próximo, atenta a história de alguém que se demonstra desmotivado por algum problema rotineiro,ou, nem tanto assim, tentando passar receptividade com o olhar, consolo nos “ãrrãs” citados, passando a imagem de quem esta entendendo ou interessado a auxiliar.Não sei quanto a vocês, mas quando ocorre este tipo de caso no meu dia a dia com pessoas que não fazem parte diretamente de minha vida social, acontece algo incontrolável.

Assim que o (a) carente começa a falar mantenho minha cara acolhedora, atenta as palavras de desabafo, o que dura apenas alguns segundos, sou facilmente entediada, isso ocorre geralmente no período da manhã, momento em que minha mente parece estar em Solow. Mantendo meu ar acolhedor, passo a reparar em como a pessoa que esta necessitada, conta algo fazendo cara de quem esta sendo prensado, ou com alguma necessidade fisiológica, geralmente esse é o momento em que tenho que me monitorar a não fazer cara de deboche, pois é esta que fazemos quando temos vontade de rir em momento impróprio. Mantendo o controle e voltando ao ar acolhedor, decido parar de analisar os traços físicos do falador, sem querer começo a pensar em algo como: Será que tenho  tempo de ir a manicure? Acho que vou almoçar guloseimas hoje? Preciso ligar para ver aonde será a festa! Pensamentos que não são ligados entre eles e não tem absolutamente nada haver com o assunto citado praticamente como um monólogo.

Novamente o autocontrole se é necessário, pois os “ãrrãs” citados no início da conversa são sincronizados com a pausa do outro, a tática é começar a utilizar palavras do tipo: entendi, exatamente, claro, nossa, certamente, sempre concordando. Outra dica também é citar frases que alimentam o ego como: Você é inteligente, podendo trocar apenas o adjetivo. Sempre fazendo um rodízio de frases, palavras, sons.

Isso não significa que sou uma pessoa insensível, acho extremamente válido ajudar um colega que precisa conversar um amigo, um ente querido, mas a verdade é que tem dias que o cérebro, corpo, humor, não estão afim, são nesses que muitas vezes sem querer ajo dessa maneira. Mas ao invés de achar isso terrivelmente desumano passo a achar extremamente interessante, pois se analisarmos pode se utilizar “a tática” em reuniões chatas, com pessoas desagradáveis, encontro de família, sem ser rude, assim, ajudando aquele que tanto precisa apenas ser ouvido, sem opiniões ou julgamentos sem principalmente sobrecarregar a mente com coisas que geralmente não possuem a mínima importância.




5 comentários:

Thaís Figueiredo Barros disse...

Eu amooo esse texto. Acho que é meu preferido. Amo vc, minha flor mais linda.

Thiago disse...

Muito bom realmente

Nana disse...

Lindos....amo vcs...
beijos no coração, sempre

nana

Li disse...

Ótima tática, vou usa-la praticamente todos os dias, rs.
beijos

Anônimo disse...

Muito bom escreva mais!