quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O que me faz real

Aprendi muitas coisas nessa meia vida de muitas que ainda vou aprender e desaprender. Algumas lições agregam trazendo valores, cultura e evolução, outras não trazem absolutamente nada, apenas a hipocrisia generalizada já presente na mente da sociedade e julgada como verdade.

Desde pequena temos um modelo a seguir, mas esqueceram de contar que esse estereótipo imposto é na realidade minoria, as pessoas não precisam pesar meio quilo para serem bonitas, essa tal magreza é super valorizada, as melhores coisas e pessoas são aquelas que conseguem fazer rir, mesmo com tudo desmoronando. A beleza não está no corpo, está na mente e principalmente nos olhos, e sim, não importa o que você faça os homens instintivamente vão olhar seus seios e bunda antes de qualquer coisa, mas existe a diferença entre um corpo de uma noite e uma cabeça de vários dias, isso é o que faz alguém especial. O que também não se deve é generalizar nenhum dos lados, ou seja, não é porque a pessoa tem um lindo corpo e uma genética abençoada que é alguém fútil e apenas se importa com a forma física, que gente muito bonita é burra, que as loiras são intelectualmente desprovidas, e que toda gordinha é inteligente, engraçada ou desajeitada.

   A verdade é que me fizeram acreditar que não sou bonita, que estou fora de forma, que meu cabelo deve ser liso, que devo clareá-lo para chamar a atenção. Ensinaram-me que extravasar, falar alto, rir e agir por impulso é coisa de louco, e por muito tempo na minha vida eu acreditei neles, me escondi, chorei, me anulei e sinceramente depois de tantos anos me auto denegrindo ainda há um longo caminho para a libertação, mas já dei um passo para me desvencilhar dessa baixa estima!

Foi preciso mudanças radicais para isso, primeiro tomar uma decisão e enfrentar muitos medos, depois aceitar. A aceitação é a chave de tudo. Aceitar que meus cabelos são enrolados e me apaixonar por cada cacho que ele forma, aceitar que não vou clarear meu cabelo apenas porque alguém me disse que isso é mais legal. Aceitar que não importa se eu faça ou não, vou continuar odiando academia e sempre vou odiar, aceitar que essa sou eu, e que vou fazer todas as mudanças sejam elas qual forem, mas serão feitas de mim para mim por mim e o resto que se...!