domingo, 21 de agosto de 2011

Tudo culpa do passado

   Todos ficamos nos perguntando sempre as mesmas coisas, se apegando ao “e se”, não indo a lugar nenhum, perdendo-se em devaneios para consolar a mente, deixando passar oportunidades de olhar o que esta á frente e essas atitudes acabam se tornando parte da nossa rotina. Diariamente passamos a remoer o passado para chegar a uma conclusão, diminuir a culpa, avaliar os erros, as perdas para no momento que decidimos acordar! Verificar que o tempo correu e de novo o deixamos escapar, novamente retornamos aos incansáveis questionamentos e as cotidianas lamúrias. 

   São fatos inevitáveis essa preocupação em sempre culpar e justificar o presente com o passado, de alguma maneira isso nos conforta o que se torna um perfeito paradoxo de uma punição de dúvidas eternas extremamente difíceis de abstrair. Sempre a um culpado, uma vitima, um réu julgado e um juiz, esse é o resumo do passado, cada um com sua história fazem parte de um personagem, claro que nesse caso não estamos abordando as realizações, a felicidade, os ganhos, as conquistas todas as coisas positivas nos esquecemos de lembrar, de nos perguntar, de nos afetar positivamente, as descartamos removendo nosso mérito pelas coisas boas que conseguimos, pelo trabalho árduo e perdemos tempo cansando nossa mente com problemas sem soluções de um passado que se foi atrapalhando um futuro que parou.

    A verdade é que temos medo do futuro e sempre vamos ter, achamos que se ficarmos parados lembrando o passado teremos respostas para um futuro mais sólido ou alguma segurança para acertar, mas jamais teremos isso, claro que os erros servem para ensinar à não cometê-los novamente, o que não é uma regra, às vezes o raciocínio é lento e se é necessário mais de uma vez para aprendermos, isso nos faz humanos e mesmo velhos ou novos vamos ter duvidas e um eterno medo do incerto que se enquadra no que é o futuro.

domingo, 14 de agosto de 2011

Meros papéis

  Cheguei à conclusão que os seres humanos são papéis. Sim papéis! Nos rasgamos, viramos páginas. Sempre temos algo a dizer, no caso escrever, repetimos palavras, promessas, observações, perdemos tempo com planejamentos nunca cumpridos, fazemos planos para ter foco, mas sempre pegamos caminhos contrários, desenhamos, esboçamos, fazemos rascunhos.


  Tudo se resume em escritas, algumas inúteis, outras essências a vida. Às vezes perdemos tempo tentando, outras simplesmente paramos de tentar, deixando nesse percurso páginas em branco. Na agitação do novo, pulamos folhas fundamentais de calma e auxilio, com isso perdemos algumas noções e voltamos ao início do contexto contra a vontade, reclamamos, nos machucamos, gastamos linhas rasurando explicações, análises com explosões de sentimentos, rabiscaramos o nada, desenhos sem sentido. De repente entendemos, aceitamos, ou, só fingimos e voltamos ao título de um novo dia, com uma nova historia, uma rotina repetitiva, novos trechos, ou, um novo texto com novos personagens, com antigos, com os de sempre, com histórias sem fim, outras que assombram voltando do passado, com parágrafos de um presente, desejos, desabafos, previsões de futuro, sonhos.


  Somos papeis escritos a lápis com borracha, somos essencialmente necessários e facilmente descartados, somos individualmente dependentes, amassamos, acertamos, inventamos, mentimos, reciclamos, aprendemos e apagamos. Somos narrativas imaginárias, compomos sujeitos, inventamos predicados, vivemos histórias, umas reais, outras nem tanto. Culpamos os monólogos, aprendemos e nos consolamos com eles. Somos meros papéis, escritos a lápis com borracha!

domingo, 7 de agosto de 2011

Julgados e injustos

Às vezes nos deparamos com situações nunca antes imaginadas, tudo muda sem nossa permissão e vontade, as pessoas ao redor não são mais tão queridas assim, seus amigos o deixam angustiados, um problema paira no ar, um erro julgado, um réu. É valido quando o julgamento é merecidamente correto, a questão é quando julgam com a certeza dos injustos, incluindo suspeitos aleatórios, afinal é mais fácil apontar e culpar, do que ir contra a maioria com uma análise de personalidade e quem se atreve a ficar ao lado de um qualquer já então culpado! Cumpre pena junto a ele, colocando em prática a real lei dos hipócritas, que preferem seguir o embalo a questionar.

A vida se torna turbulenta, a verdade surge, aqueles que se diziam irmãos te descartam como um lixo qualquer, outros fazem questão de demonstrar insatisfação pela sua presença, os reais vilões espertos se aproveitam da situação para simplesmente pegar sua vida social lhe arrancando dela. Os que eram cogitados como falsos, sem opinião, egoístas e imaturos, de repente se tornam as melhoras pessoas, os injustos se tornam vitimas que dão sua sentença e os julgados se tornam um erro, todos como em um pacto te excluem, sem explicação, sem sentimento, com isso o golpe e a percepção da realidade. 

 Algumas pessoas incrivelmente sempre impressionam, chocam, mudam de lado com uma incrível facilidade, são persuadidas, convencidas e repentinamente toda crença que julgávamos ser firme, certa, forte, são derrubadas como cartas ao vento, descobrimos que ninguém realmente se importa nem aqueles que tínhamos certeza, ou, pensávamos que tínhamos.

 Tudo se torna um aprendizado cruel, uma lição de como são os seres humanos, uma lição para nunca mais se preocupar de mais com os outros, cuidar de mais, confiar de mais, amar de mais, pois quando menos se espera esses viram-lhe as costas como se todos aqueles mais não significassem nada.  

Na realidade a vida nos prega peças para nos fazer amadurecer obrigatoriamente, pessoas que jamais imaginamos nos tratam como culpados, quando menos se espera somos atacados pelos erros que cometemos ou pior, por erros que outros cometeram! O chão cai nos perdemos, mas mesmo que tudo pareça inexplicável e inaceitável, nos reerguemos com uma visão mais madura sobre o que são essas pessoas? De certa forma essas questões acontecem para fazer uma limpa em nossas vidas, removendo tudo o que não presta, jogando-os no passado pela eternidade.

Infelizmente muitos irão se identificar com essas situações e a esses afirmo, por mais que tudo pareça o fim do mundo, solitário e traído! Lembrem-se: Quem tem que ficar ao nosso lado há de ficar, quem não, apenas aceite, sofra e o deixe ir embora, talvez ele volte arrependido ou, nunca mais o veja, mas aprenda com as decepções e não permita que moldem com negativismo, mentiras, intrigas e falsidades, sua vida, não aposte alto em ninguém, apenas em si mesmo. Os injustos terão sua sentença e os julgados sua libertação, basta ser sempre fiel a sinceridade, a personalidade, a opinião, o bem e o correto. Eles sempre vencem!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Insistentes lembranças

Ontem fiquei relembrando e relembrar às vezes dói! Mas quem nunca cometeu aquela tolice? Aquele erro que permanece no pensamento insistentemente angustiando, um tormento incontrolável, cerebral, que não se pode arrancar, uma ressaca moral que parece eterna.

Tudo volta à tona quando de repente em segundos decidimos recordar, levando a memória ao que estava não esquecido, mas descansando propositalmente, como em um bombardeio os sentimentos afloram misturando pesares e raiva com a não aceitação, a autopunição retoma seu lugar, o arrependimento triunfa e novamente ocorre à volta do incrédulo de suas próprias atitudes tão errôneas quanto covardes.

Quem é capaz de controlar a mente? Somos incapazes disso, quando tentamos encontrar a calma necessária geralmente é tarde demais, tudo já foi revirado. Talvez se magicamente todas as metáforas utilizadas se tornassem reais e o controle da mente surgisse em nossas mãos, tudo poderia ser evitado, só que isso literalmente não acontece.

A realidade é que os erros que mais nos afetam permanecem vivos em nossas memórias para não nos esquecermos da sensação e assim não cometê-los novamente, mas este é apenas um ponto de vista, pode ser uma punição inconsciente, um vício pelo sofrimento que tem a necessidade de deixar intactas as cruéis lembranças.

Enfim, podemos divagar vários por quês, talvez, podem ser, a verdade é que tudo só depende de nós mesmos para mudarmos, do tempo, ou de algo pior, afinal, um erro é esquecido, quando outro maior é cometido.