domingo, 14 de agosto de 2011

Meros papéis

  Cheguei à conclusão que os seres humanos são papéis. Sim papéis! Nos rasgamos, viramos páginas. Sempre temos algo a dizer, no caso escrever, repetimos palavras, promessas, observações, perdemos tempo com planejamentos nunca cumpridos, fazemos planos para ter foco, mas sempre pegamos caminhos contrários, desenhamos, esboçamos, fazemos rascunhos.


  Tudo se resume em escritas, algumas inúteis, outras essências a vida. Às vezes perdemos tempo tentando, outras simplesmente paramos de tentar, deixando nesse percurso páginas em branco. Na agitação do novo, pulamos folhas fundamentais de calma e auxilio, com isso perdemos algumas noções e voltamos ao início do contexto contra a vontade, reclamamos, nos machucamos, gastamos linhas rasurando explicações, análises com explosões de sentimentos, rabiscaramos o nada, desenhos sem sentido. De repente entendemos, aceitamos, ou, só fingimos e voltamos ao título de um novo dia, com uma nova historia, uma rotina repetitiva, novos trechos, ou, um novo texto com novos personagens, com antigos, com os de sempre, com histórias sem fim, outras que assombram voltando do passado, com parágrafos de um presente, desejos, desabafos, previsões de futuro, sonhos.


  Somos papeis escritos a lápis com borracha, somos essencialmente necessários e facilmente descartados, somos individualmente dependentes, amassamos, acertamos, inventamos, mentimos, reciclamos, aprendemos e apagamos. Somos narrativas imaginárias, compomos sujeitos, inventamos predicados, vivemos histórias, umas reais, outras nem tanto. Culpamos os monólogos, aprendemos e nos consolamos com eles. Somos meros papéis, escritos a lápis com borracha!

7 comentários:

Thiago disse...

muito bom
mas muitos marcam com caneta as nossas vidas

bjos

Nana Vicente disse...

É existem coisas fixas, mas existem também corretivos, deixam marcas, mas apagam.

Beijos e obrigada.

Di disse...

Realmente somos meros papéis flutuando pelo mundo.Parabens, ótimo texto.

Beijinhos

Antonio disse...

É verdade amor,
mas não esqueça que o papel que é você, o papel que sou eu, os papéis que são a família, os papéis que são os amigos, comporão o livro e até a enciclopédia que é a vida. Com boas páginas outras nem tanto. Que as suas sejam obras de arte.

BEIJÃO

Nana Vicente disse...

Que as nossas sejam obras de arte. Com muito amor e descobertas em cada página, compostas por amigos reais e eternamente pela família.

Te amo pai, vc é minha inspiração.

Beijos e obrigada pelo apoio.

Leandro disse...

Ae legal o q vc escreve, pura imaginação de uma ótima inteligencia.

bjs

caio disse...

Somos meros papéis, cada um com seu contexto sua essência, seu jeito. Mto bom.
Abraços